Em primeiro lugar, precisamos investigar o significado de intuição. O que é intuição? De onde ela vem? Para que serve?
Em inglês, a expressão “gut feeling” (algo como sentimento visceral) é utilizada para se referir a intuição. O intestino humano tem milhões de neurônios e não é por acaso que ele é considerado “o segundo cérebro”.
Dessa forma, parece razoável imaginar as nossas vísceras como ponto de origem da intuição. Ela tende a se manifestar rapidamente e, portanto, não temos consciência do processo mental que está por trás da informação supostamente verdadeira. Em outras palavras, intuição é um tipo de conhecimento que simplesmente aparece do nada.
Mas não se trata de mágica, ou coisa parecida. Na verdade, trata-se de uma faculdade mental capaz de gerar palpites. É como se a mente inconsciente escaneasse instantaneamente todas as nossas experiências anteriores e o conhecimento acumulado ao longo dos anos, para gerar aquele “estalo” que nos leva a tomar certas decisões de improviso, sem qualquer base na lógica.
Por que somos seres intuitivos?
A intuição é um dos principais atributos dos seres humanos. Desde os primórdios da nossa espécie, nos valemos dela como mecanismo de sobrevivência. Afinal de contas, prever, pressentir, antecipar a presença de uma caça ou de um predador poderia significar a diferença entre a vida ou a morte.
Com a evolução, além de desenvolver a capacidade de identificar padrões instantaneamente, fomos descobrindo outras possibilidades através do exercício da intuição, especialmente como uma poderosa ferramenta para tomada de decisão, autoconhecimento e inteligência emocional.
É seguro confiar na intuição?
A neurociência reconhece o valor da intuição. Estudos realizados com grupos de altos executivos indicam que, frequentemente, eles se valem da intuição no momento de tomar decisões importantes, mesmo depois de terem analisado uma profusão de dados concretos.
Isso também vale para operadores da bolsa de valores, jogadores de poker, técnicos de futebol, dentre outros. Todos eles costumam agir com base no feeling, no faro, no pressentimento. A intuição, portanto, está muito mais presente em nossas vidas do que normalmente nos damos conta. Ela influencia diretamente a maioria das nossas decisões relativas a investimentos, finanças, prosperidade, abundância e outras formas de ganhar dinheiro e acumular bens materiais.
Por outro lado, esse comportamento pode resultar em preconceitos, vieses cognitivos e decisões equivocadas. Mesmo assim, nossa capacidade de confiar na intuição, de improvisar, de ter palpites é que nos diferencia dos computadores e nos confere humanidade. Na grande maioria das vezes, vale a pena confiar na intuição. Ainda que isso signifique correr riscos. Viver é perigoso!
Respondendo à pergunta do título.
A intuição é uma dádiva divina, um portal de amor e prosperidade. Ela nos leva a abstrações, ajuda a desenvolver a espiritualidade, nos conecta com o divino e com os mistérios da vida.
Nossa capacidade de acreditar nos torna resilientes. Por tudo isso, ainda que a realidade e os fatos pareçam conspirar contra os nossos objetivos, temos motivos para confiar em nossa intuição e acreditar que ela realmente funciona. Pelo sim, pelo não, siga sua intuição!