Abra os braços.
Agora, feche-os num abraço acolhedor.
Sinta a fusão de toda sua energia com a energia da pessoa abraçada, expandindo-se num fluxo permanente de afeto compartilhado.
O abraço envolve energias físicas, como a elétrica, mecânica e térmica. Mas a principal energia presente neste encontro de braços e corpos é adimensional, não se propaga em nenhuma das quatro dimensões do espaço/tempo.
Ela se manifesta na forma de amor em estado puro, amor que é a essência do próprio Deus, habitando em você e na pessoa abraçada.
Os efeitos desta experiência afetiva, mesmo quando ela é rápida, prolongam-se indefinidamente, porque ficam impregnados nas almas dos envolvidos.
A ciência comprova os benefícios do abraço.
Certamente você já sentiu um reconfortante impulso de felicidade depois de abraçar um ente querido ou, até mesmo, alguém desconhecido. A proximidade entre dois seres humanos que se gostam pode contribuir para as sensações provocadas pelo abraço. Entretanto, a ciência tem outras explicações para os benefícios desse encontro entre braços e corpos. A profusão de substâncias químicas liberadas no cérebro durante um abraço também desempenha um papel relevante para melhorar o humor e provocar uma agradável sensação de bem-estar.
Abraçar é um gesto que aproxima as pessoas. O abraço, entre muitas outras coisas, é uma representação simbólica dos elementos que estabelecem uma conexão afetuosa entre os seres. É como se cada abraço transportasse uma mensagem silenciosa de que você não está só, de que alguém se importa com você. O impacto emocional desta conexão faz uma enorme diferença para qualquer pessoa, especialmente para aquelas que estão vivendo momentos de solidão, ansiedade, tristeza ou depressão.
Mas os benefícios do abraço vão além das questões afetivas e emocionais. Cientistas detectaram também consideráveis impactos físicos. Quando abraçamos ou somos abraçados, há um aumento na liberação de ocitocina (conhecida como o hormônio do amor e do abraço). Esse aumento da ocitocina, desencadeia a ação da endorfina, que juntamente com a dopamina e a serotonina, completam o chamado grupo dos hormônios da felicidade.
Um abraço quentinho protege o nosso cérebro.
Estudos sobre a resposta neural da ocitocina, mostram que a prática diária de abraços nos ajuda a liberar uma quantidade adequada deste e de outros hormônios capazes de proporcionar um efeito neuroprotetor para a saúde do nosso cérebro.
Tais benefícios podem ser obtidos a partir do contato entre humanos, ou mesmo quando abraçamos um gatinho ou um cachorro. Esse é um dos motivos que tornam a terapia com animais de estimação uma ferramenta poderosa e impactante para auxiliar pessoas idosas, inclusive ajudando a acalmar pacientes agitados, com demência ou outras intercorrências.
Abrace o mundo. Abrace o universo.
O universo inteiro cabe dentro de um abraço. Abrace as pessoas, abrace o universo, do qual você é parte. E sinta o abraço de Deus envolver todo o seu ser.
O abraço é um presente com retribuição imediata. Quem dá, também recebe de volta no mesmo instante. É uma expressão não farmacológica de cura, uma demonstração não invasiva e universal de cuidado e amor fraterno.
Abraçar, portanto, é compartilhar o Divino que há em cada um de nós. Desfrute deste momento em toda sua plenitude. Viva intensamente cada segundo. E abrace!